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Ensaio sobre o Judo para crianças e jovens



O Judo está ao serviço do homem,
sem que 
o homem se sirva do Judo.

Dos Traços Essencias do Judo

— Desporto olímpico de luta corpo a corpo, que recorre a técnicas de domínio do adversário sem pontear nem socar.

— Fundado em 1882, no Japão e pelo japonês Jigoro Kano, então Professor de Pedagogia na Universidade de Tóquio e praticante estudioso de Jiu-jitsu.

Das Finalidades no Ensino do Judo a Crianças e Jovens
— O seu ensino-aprendizagem, pleno de intencionalidade pedagógica, ética e didacticamente fundada, visa a humanização e elevação do ser humano, a nível moral e motor.​

— Proporciona a crianças e jovens a educação que tanto precisam, da forma que eles mais gostam, recorrendo a formas jogadas, divertidas e adaptadas da luta formal de Judo.

— Concorre para um projecto educativo que se exige multilateral, desenvolvendo, não só como também através das suas técnicas, tácticas e estratégias, por um lado a motricidade (coordenação, flexibilidade, velocidade, força, etc.) e por outro as “forças intelectuais” como sejam a observação, a atenção, a memória, a inteligência, a opinião, a imaginação, a criatividade e tantas outras.

Dos Valores e Princípios

— Rejeita a ética indolor e está imbuído numa forte cultura do trabalho e da disciplina e, por consequência, do respeito pelas regras. Pelo que um judoca sabe, desde a primeira aula, que as habilidades aprendidas no dojo (sala de judo) são para ficar no dojo (excepto em situação de defesa pessoal).

— “Mínimo esforço, máxima eficácia”, o que na prática traduz-se em servir-se dos desequilíbrios e da força inoportunamente exercida pelo adversário, no sentido da defesa e prevalência pessoais.

— Respeito e benefício mútuos entre todos os cidadãos.



Diferenças

— Ao contrário dos jogos desportivos colectivos (de que são exemplo o Futebol, o Andebol, etc.), o Judo pauta-se pela igualdade de oportunidades no que à competição diz respeito, já que ninguém “fica no banco”.

— Todos competem em condições de igualdade ponderal, i.é., distribuídos segundo categorias de peso corporal.
Deste modo, o Judo estimula a conquista do sucesso pessoal de todos os praticantes de uma turma, já que rejeita a segregação dos mais franzinos ou de quem quer que seja em razão das suas capacidades e morfologia, nutrindo assim a auto-confiança de cada judoca, na certeza de que o progresso pessoal depende, em grande medida, do esforço e mérito de cada qual e não das decisões de terceiros.

 

Por tudo  isto,  aprender e  viver o  Judo constitui  indubitavelmente não uma qualquer  escola, mas  sim uma autêntica

escola de preparação para a vida.



"A vida pode apresentar-se-nos muito difícil;

Mas, se formos exigentes connosco próprios,

a vida será infinitamente fácil para connosco."

​19 de Dezembro de 2008

Virgílio Mira dos Santos Silva



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